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Defesa de médico investigado em Catanduvas se manifesta pela primeira vez

Advogado afirma que não há provas contra o profissional e critica declarações do MP e da Polícia Civil

Luan

Luan

Foto: Agência Brasil

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A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu, na última semana, um mandado de busca e apreensão e determinou a suspensão do exercício da medicina contra um médico investigado por crimes contra a dignidade sexual em Catanduvas.

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De acordo com o delegado André Luis Cembranelli Barbeta, responsável pelo caso, a medida foi necessária para interromper a prática criminosa e garantir a coleta de provas. Ele reforçou ainda o pedido para que possíveis vítimas procurem a polícia e relatem os abusos.

A Promotoria de Justiça da comarca destacou que trabalha para que as supostas vítimas tenham seus direitos assegurados, sendo ouvidas com respeito e em sigilo absoluto.

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O pedido de prisão preventiva foi indeferido pela Justiça, mas o médico segue afastado das atividades profissionais e com o registro suspenso temporariamente no Conselho Regional de Medicina, enquanto os fatos são apurados.

O que diz a defesa

Pela primeira vez, a defesa do investigado se manifestou oficialmente sobre o caso. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o advogado Marco Antônio Vasconcelos Alencar, do escritório Alencar e Martinazzo, rebateu as acusações e criticou a condução da investigação. Entre os principais pontos, ele destacou:

Presunção de inocência:
“É inadmissível que órgãos públicos que deveriam atuar com imparcialidade utilizem a imprensa para emitir juízos de valor antecipados, violando a garantia de presunção de inocência assegurada na Constituição Federal.”

Ausência de provas:
“Até o momento não há mínima prova da prática dos crimes imputados. É imprudente e injusto transformar um investigado em culpado antes de qualquer julgamento.”

Atuação da Justiça:
O advogado ressaltou que a decisão do juízo de garantias em negar a prisão preventiva “reafirmou o compromisso com o devido processo legal e com os princípios constitucionais, preservando a lisura da investigação”.

Crítica à exposição midiática:
“Uma investigação precisa ser transparente e voltada à busca da verdade. Um processo investigativo não pode ser instrumento de perseguição midiática.”

Reputação do médico:
“O que se observa é a tentativa de destruir a reputação de um médico sem qualquer base probatória consistente, em total desrespeito à ética, à legalidade e à dignidade da pessoa humana.”

Por fim, a defesa reiterou confiança de que as acusações “não prosperarão diante da ausência absoluta de provas” e afirmou que confia no esclarecimento dos fatos pela Justiça.


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